A iniciação


O grande momento chegou. Do início do livro para cá, já tivemos uma
pequena jornada para desbravar tudo o que está em volta do trading
financeiro: a análise de uma rotina de trabalho comum, o mercado financeiro
e a Bolsa de Valores, o que realmente acontece na vida de um trader, a
importância do controle emocional, e muitos outros detalhes. Agora que você
já está pronto – e já tem uma noção mínima daquilo que pode ajudá-lo a obter
uma renda extra ou até a mudar de profissão, é hora de entrarmos de cabeça
no trading esportivo.
A primeira coisa a fazer é trazer para você, leitor, uma boa surpresa: o
trading esportivo que será ensinado aqui tem como foco o futebol – é o
esporte no qual me especializei para trabalhar e a paixão nacional dos
brasileiros. Ainda assim, os conceitos aplicados aqui, bem como o quesito
psicológico da questão, são universais. Podem ser empregados em qualquer
esporte – e existem, de fato, muitas modalidades aplicáveis ao mercado de
investimento esportivo: tênis, basquete, vôlei, corrida de cavalos, golfe,
futebol americano, e muitos outros.
As estratégias que você conhecerá aqui também podem ser aplicadas
nesses esportes, basta uma adaptação relacionada às peculiaridades de cada
competição. Essa é mais uma das grandes características positivas do trading
esportivo: uma vez que você compreende o universo que ele abarca e todas as
possibilidades que podem ser oferecidas a você, basta encontrar aquilo que
mais lhe gera interesse e, claro, diversão. Não podemos esquecer, nem por
um minuto, que só é feliz quem trabalha com aquilo que gosta de fazer. O
que está acontecendo neste livro, página por página, é a abertura de uma
porta que você não conhecia antes. Sem diversão só há estresse, e nenhum
lucro pode pagar o desequilíbrio emocional e a perda de ânimo com uma
profissão.

Analisando os grandes campeonatos
Sem mais delongas, é hora de falar de futebol. Sendo esse esporte algo tão
importante em praticamente todos os cantos do mundo, é de suma
importância entender que o mercado de trading deve ser encarado de
diferentes maneiras em cada campeonato, considerando as peculiaridades de
cada um. O mercado brasileiro, por exemplo, costuma ser evitado por alguns
traders que consideram o futebol de nosso país muito imprevisível – o que é,
sem sombra de dúvida, interessantíssimo para o espetáculo, o público, os
comentaristas de TV e os veículos de comunicação que cobrem o esporte,
mas pode se tornar uma complicação para quem deseja trabalhar com isso.
Para ilustrar minha afirmação é simples: basta analisar quais foram os
últimos campeões do Brasileirão nos últimos 24 anos, considerando também
a fase anterior aos pontos corridos, que teve início em 2003.
O Corinthians venceu cinco edições (1990, 1998, 1999, 2005 e 2011); o
São Paulo, quatro (1991, 2006, 2007, 2008); o Cruzeiro, três (2003, 2013,
2014); Flamengo (1992 e 2009), Palmeiras (1993 e 1994), Vasco da Gama
(1997 e 2000) e Santos (2002, 2004) venceram duas, e Botafogo (1995),
Grêmio (1996), Atlético Paranaense (2001) e Fluminense (2010) venceram
uma edição. Temos um total de 24 taças distribuídas entre onze times. Se essa
diferença não parece grande para você, basta mudarmos de continente e
analisar a situação da Europa.

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